quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

2ª Passarinhada do COA PARNA Emas

   Para ouvir canções de passarinhos, é fundamental estar na sintonia adequada para se fartar de momentos aprazíveis!
   Observar aves é compartilhar sorrisos, olhares e experiências!
Experiências, reunidas em um único grupo, onde seus componentes são moradores do entorno do Parque Nacional das Emas.
   Este grupo é o COA (Clube de Observadores de Aves), cujo objetivo é observar aves em áreas verdes.
   Neste último final de semana, foi realizada a segunda saída do COA PARNA Emas em locais da zona urbana e rural de Mineiros.
   Iniciamos nossa passarinhada conhecendo as aves da matinha do SAAE, na periferia da cidade.
Um pequeno bando de Quero – Quero (Vanellus chilensis) e um casal de Maria – Faceira (Syrigma sibilatrix) com seu filhote, anunciavam nossa chegada.
   Rapidamente, lifers foram surgindo para a maioria do grupo.
    Um bando de Araçari - castanho (Pteroglossus castanotis) insistia em nos convidar para logo, entrar na mata.




Nossa presença não intimidou o Araçari – castanho (Pteroglossus castanotis) que enquanto organizava suas penas, disparávamos vários tiros de Canon, Nikon, Sony, etc. Foto: André de Oliveira





As passarelas suspensas da matinha do SAAE facilitavam nossa passarinhada. Foto: André de Oliveira


   Entrando na mata, os sons chamavam a atenção para a copa das árvores, era uma algazarra de Pipira – da – taoca (Lanio penicillatus), Pula - pula - de - barriga - branca (Basileuterus culicivorus), Udu – de – coroa – azul (Momotus momota) e o momento muito aguardado por alguns, o momento do Uirapuru – laranja (Pipra fasciicauda), uma pena ter aparecido somente um jovem ainda sem suas cores quentes.
   Saímos da trilha da nascente mimosa e fomos para uma paralela, no final dela, algumas aves nos aguardavam como o Chorozinho – de – bico – comprido (Herpsilochmus longirostris), Beija – flor – de – ventre – roxo (Thalurania furcata) e vindo por baixo, mas indo embora pelo alto (nunca vi esse bicho na copa das árvores, se me falassem não acreditaria) o tímido Tico – tico – de – bico – preto (Arremon taciturnus).
   Durante a tarde, partimos sentido ao Pinga Fogo, região com muitos ambientes campestres, muitas cachoeiras e tudo isso próximo a cidade. De cara, já fomos recebidos por um Tamaduá – bandeira (Myrmecophaga tridactyla), e a cada curva a paisagem ia encantando a todos.




Um lifer para a Edelcarmen. Tamanduá – bandeira (Myrmecophaga tridactyla). Foto: André de Oliveira

   Paramos para fotografar o Morro do Navio. Por conta do calor sentei na sombra de uma árvore, eis que então ouvi uma vocalização e logo falei que parecia uma Águia – cinzenta, peguei a luneta e veio a confirmação para a alegria de todos!




Entre serras, aves eram encontradas e finalizamos o dia otimistas para a passarinhada do próximo dia. Foto: Edelcarmen Forselius

   No dia seguinte, fomos conhecer a área da eterna Tia Márcia (foi minha professora na graduação), o recanto dos Buritis, e de fato, havia muitos buritis e uma vocalização chamava a atenção novamente.




O Limpa – folha – do – buriti (Berlepschia rikeri) ficou tão exposto que tivemos um enorme orgasmo ornitológico! Foto: Edelcarmen Forselius

   Entramos no Buritizal, e as aves curiosas vinham até nosso encontro...




O Coró – coró (Mesembrinibis cayennensis) se mostrando pela primeira vez para a Tia Márcia no Recanto dos Buritis. Foto: José Laércio Junqueira



O momento mais aguardado de toda manhã, finalmente encontramos o Curió (Sporophila angolensis)...



E todos tentando uma foto. Fotos: Neuci Ribeiro

   Depois de tantos lifers, olhava para todos e via somente sorrisos e isto me tranquilizava, pois haviam entendido o objetivo das passarinhadas do COA.
   Cada semana tenho encontrado mais pessoas interessadas em observar estes seres magníficos, e novamente convido toda a população do entorno do Parque Nacional das Emas a curtir nossa maior e mais importante área de lazer.
   Grande abraço ornitológico! 







domingo, 11 de janeiro de 2015

54 anos do Parque Nacional das Emas

“Gostinho de quero mais”, esta é a sensação depois de um safári no sertão do Parque Nacional das Emas, contemplando suas paisagens, cheiros e sons...


De repente, o cupinzeiro se move!
 Veado – Campeiro (Ozotoceros bezoarticus). Foto: André de Oliveira

Hoje este sertão, celebra 54 anos...
Em todos estes anos, luzes do céu e da terra iluminaram a vida de muitas pessoas, principalmente as do entorno do parque.


Luzes do Céu e da Terra nas noites de setembro a dezembro em Emas. Foto: André de Oliveira

Ainda sofre com a pressão do entorno, mas a quantidade de pessoas que abraçaram o parque também aumentou para que os mesmos sejam nossos multiplicadores de boas ações.

Proteger veredas é semear vida!
Um Tamanduá – bandeira (Mymercophaga tridactyla) caminhando no Cabeçeirão no Parque das Emas. Foto: André de Oliveira

Neste ano de 2015, espero que mais pessoas sejam tocadas por Emas, que a comunidade do entorno reconheça esta unidade de conservação como nossa melhor área de lazer.
Portanto, convido os moradores do entorno para se fartarem de paisagens, sorrisos e muita experiência compartilhada este ano aqui no Parque Nacional das Emas e descubram o sertão que existe dentro de você!


A Meia – Lua – do – Cerrado (Melanopareia torquata) recebe os visitantes com sua vocalização, trazendo, sensação de paz. Foto: André de Oliveira


Flores, aves raras e ameaçadas de extinção, em um mesmo lugar como este Papa – moscas – canela (Polystictus pectoralis). Foto: André de Oliveira



O Galito (Alecthrurus tricolor) ao se apresentar para a fêmea, encanta os visitantes bailando no ar. Foto: André de Oliveira

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

52 ANOS DE PARQUE NACIONAL DAS EMAS


      Criado em 11/01/1961, hoje o Parque das Emas completa 52 anos, um período significante de contribuição para a conservação de várias espécies da biodiversidade local e regional.
    Seus quase 133.000 ha se encontram ilhados pela agricultura e pecuária, cenário que dificulta a colonização de novas áreas. 


Um bando de Arara-canindé (Ara ararauna) a procura de alimento
nos aceiros do parque. Foto: André de Oliveira
 

     Felizmente, alguns fazendeiros do entorno reconhecem o verdadeiro valor da Unidade de Conservação mais importante do Bioma Cerrado e estão se empenhando em atividades de defesa desse patrimônio através da implantação de RPPNs. Várias ações fomentaram a criação, no Parque das Emas, de um corredor de vegetação através da RPPN “Nascentes do Araguaia”, que liga o Parque ao Rio Araguaia, este importante rio é a única ligação com o Bioma Amazônico.


     Espero que esta ideia vire moda entre os fazendeiros do entorno para que o PNE tenha uma zona de amortecimento eficiente. Hoje o Parque ganha mais um ano de vida e nós, seres vivos, ganhamos uma vida inteira.


Fenômeno da bioluminescência no Parque Nacional das Emas  
Foto: André de Oliveira
 


 Pedaços do Parque

(Marta Brandão)

Recorta a paisagem a magia do rio.
Recorta e cinge com espécies verdadeiras.
São araras, onças, veados,
Tamanduás-bandeira.

Águas formosas entoam seus cantos
que alcançam as esquinas do mundo.

Os cantos da lua, redonda, cheia,
que destemida teima, abraça e
clareia o Parque das Emas.